Sobre Indicação de Galípolo para Diretoria de Política Monetária do BC


Gabriel Galípolo tem formação e mestrado pela PUC-SP onde lecionou, também, escreveu livros com Luiz Gonzaga Belluzo[1] e assinou textos com André Lara Resende[2] descrevendo propostas na linha da Nova Teoria Monetária, (conhecida pela sigla em inglês, MMT). Com larga experiência no mercado financeiro, foi presidente do Banco Fator, focado em uma visão econômica mais para a “esquerda” e diferenciada, Galípolo, na função de Diretor de Política Monetária, poderá usar outros métodos para conter a inflação além da taxa de juros, como, por exemplo, usar as reservas cambiais para atuar no mercado de dólar  diminuindo a volatilidade do câmbio, e assim, controlar a inflação futura. Como também, procurar diminuir a especulação sobre papéis com taxas de juros de longo prazo e sua influência no custo do empréstimo. Ao invés, de deixar tudo correr solto controlado apenas pela taxa de juros, como tem feito Roberto Campos. Portanto, através destes outros instrumentos, Galípolo terá como intuito controlar a inflação e manter o pleno emprego.


Galípolo precisará explicar sua posição não-ortodoxa do passado, ainda que, o boato que o indicado para a pasta poderá ser o futuro Presidente do BC pode lhe trazer desafios e constrangimentos em relação a Roberto Campos. No entanto, segundo a avaliação de um ex-diretor do BC, a estrutura bem montada, blindada e profissional da autoridade monetária fará diferença.


[1] Luiz Gonzaga Belluzo: economista e professor brasileiro e ex-presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras.

[2] André Lara Resende: banqueiro e economista brasileiro.


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